Primeiro escravo livre do Brasil morre aos 59 em Minas

Morreu na madrugada deste sábado Antônio Moreira de Barros,o Toninho do Filé, o primeiro brasileiro liberto do regime…
Toninho tornou-se um símbolo movimento abolicionista atual brasileiro.

Morreu na madrugada deste sábado Antônio Moreira de Barros,o Toninho do Filé, o primeiro brasileiro liberto do regime escravocrata que vigorou no país até meados do século passado.

Toninho faleceu em Belo Horizonte de infarto fulminante do miocárdio, faltando apenas dois dias para completar 60 anos de idade.

Nascido em Conselheiro Lafaiete, no interior de Minas, Toninho vivenciou o auge do período segregação aos negros no Brasil.

Ele se tornou o primeiro escravo livre após a publicação da Emenda Constitucional do Ventre Livre, que em 1950 aboliu a escravidão de filhos machos de negros nascidos em estados do Sul e Sudeste do território nacional.

“Naquela época, negros e mulatos não tinham os mesmos direitos fundamentais que a elite de origem europeia, como acesso à terra e à moradia”, analisa o historiador Washington José Vieira. “O regime de trabalho e distribuição de renda não os permitia exercer uma cidadania de fato e ter um Playstation em casa era coisa para poucos”, recorda Vieira.

O filho de seu Toninho, Adalbertino Moreira de Barros, recebeu a notícia por volta das 9h da manhã de hoje.

Seu Bebê, como Adalbertino é conhecido, ficou famoso por ser o segundo escravo livre do país, graças à Medida Provisória Áurea, promulgada em junho de 1988 e que vigora até os dias de hoje.

O sepultamento de Toninho está agendado para amanhã. O velório ocorre na sede do quilombo da Savassi, em Belo Horizonte.

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8 comments
  1. Eu vejo um mundo sem escravos!
    Até que o último deles esteja morto.
    Eu vejo um mundo sem pobreza!
    Até que o último pivete barrigudinho (devido a esquistossomose) de gorro do Corinthians esteja morto.
    Eu vejo um mundo sem preconceitos!
    Até que morram todas as variantes características da espécie humana exceto uma (de preferência a minha).
    Um mundo sem corrupção! Sem gente burra! Sem gente feia! Eu vejo um mundo onde os robôs substituem os humanos! Eu vejo uma nova dimensão colorida com imagens aleatórias e sem o menor nexo! Eu vejo a Dilma erradicando TODA a pobreza, elevando a educação no país para níveis como o da Noruega, vejo a Dilma fazendo a reforma agrária!
    Yes we can!

  2. Amigo você é um fanfarrão mesmou ou isso é coisa de estagiario ou digo mais ( será você um ser chamado TROLL) não faça isso não que é feio!

    Desde o início do século XIX, a questão da escravatura é uma fonte constante de atrito entre o Brasil e a Inglaterra. No interior do país, a abolição da escravatura é defendida por grupos de liberais, mas não chega a ter repercussão na elite agrária, dependente do trabalho escravo. O fim efetivo do tráfico negreiro é o primeiro grande passo para a transformação real da estrutura das relações de trabalho no Brasil, mantidas praticamente intactas desde a colonização.
    Fim do tráfico

    Já em 1810, ao assinar o Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra, dom João VI compromete-se com o fim do comércio de escravos. As negociações arrastam-se por 15 anos, devido à ferrenha oposição dos grandes proprietários de terras. Em 1825 os ingleses exigem que o Brasil marque uma data para a extinção do tráfico. Um decreto imperial de 1827 garante a interrupção do comércio negreiro no prazo de quatro anos. Em 7 de novembro de 1831 é votada a lei que determina o fim do tráfico. Nunca posta em prática, o episódio dá origem à expressão “para inglês ver”.
    Lei Eusébio de Queiroz

    Em 8 de agosto de 1845 o Parlamento inglês promulga a Lei Bill Aberdeen, que proíbe o tráfico em todo o mundo e arroga ao Reino Unido o dever e o direito de aprisionar qualquer navio suspeito de carregar escravos. No Brasil, o fim do tráfico negreiro é definido pela Lei Eusébio de Queiroz, aprovada em 4 de setembro de 1850 e complementada pela Lei Nabuco de Araújo, de 1854. Os últimos 209 escravos trazidos para o Brasil desembarcam em Serinhaém (PE), em 1855.
    Conseqüências do fim do tráfico

    Em 1856 já não há entradas de escravos no Brasil. Logo aparecem as primeiras reclamações sobre a falta de “braços” para a lavoura e a carestia das “peças” negras. Alguns fazendeiros chegam a tentar a reprodução “racionalizada” da população escrava, num sistema semelhante ao utilizado nas plantations norte-americanas. Mas a experiência não vinga por exigir grandes gastos com a manutenção dos “reprodutores”. O fim do tráfico negreiro estimula a imigração de europeus, inclusive de operários qualificados, e libera grandes quantidades de capitais, até então empregados no comércio de escravos – cerca de 1,9 milhão de libras esterlinas por ano. Esses dois fatores são determinantes para a diversificação econômica do país.
    Campanha abolicionista

    O Partido Liberal compromete-se publicamente com a causa abolicionista. A campanha cresce após a Guerra do Paraguai com a adesão dos militares. No início da década de 80 é criada a Sociedade Brasileira contra a Escravidão e a Associação Central Abolicionista, no Rio de Janeiro, agremiações políticas que reúnem figuras proeminentes do Império, como José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Luís Gama e André Rebouças. Em 1887, nas fazendas, começam as fugas em massa de escravos. São apoiadas pelos abolicionistas e o Exército recusa-se a perseguir os fugitivos.
    Lei do Ventre Livre

    Em 28 de setembro de 1871 o governo conservador do visconde do Rio Branco promulga a Lei do Ventre Livre. De poucos efeitos práticos, a lei dá liberdade aos filhos de escravos, mas deixa-os sob tutela dos senhores até 21 anos de idade.
    Abolição no Ceará

    A campanha abolicionista no Ceará ganha a adesão da população pobre. Os jangadeiros encabeçam as mobilizações, negando-se a transportar escravos aos navios que se dirigem ao sudeste do país. Apoiados pela Sociedade Cearense Libertadora, os “homens do mar” mantêm sua decisão, apesar das fortes pressões governamentais e da ação repressiva da polícia. O movimento é bem-sucedido: a vila de Acarape (CE), atual Redenção, é a primeira a libertar seus escravos, em janeiro de 1883. A escravidão é extinta em todo o território cearense em 25 de março de 1884.
    Lei dos Sexagenários

    Em 28 de setembro de 1885 o governo imperial promulga a Lei Saraiva-Cotegipe, conhecida como Lei dos Sexagenários, que liberta os escravos com mais de 65 anos. A decisão é considerada de pouco efeito, pois a expectativa de vida do escravo não ultrapassa os 40 anos.
    Lei Áurea

    Em 13 de maio de 1888, o gabinete conservador de João Alfredo apresenta, e a princesa Isabel assina, a Lei Áurea, extinguindo a escravidão no país. A decisão, porém, não agrada aos latifundiários, que exigem indenização pela perda dos “bens”. Como isso não acontece, passam a apoiar a causa republicana. Os escravos, por seu lado, ficam abandonados à própria sorte. Marginalizados pela sociedade, vão compor a camada mais miserável das classes populares.

    Fonte: http://www.conhecimentosgerais.com.br

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